Jogos teatrais na sala de aula

 Adolescentes do Projeto Plugado em apresentação do espetáculo " Os Saltimbancos".

Como dizia  Augusto Boal " O ato de transformar é transformador": não é preciso ser poeta para escrever um poema, quem escreve um poema torna-se poeta. Por ter esse entendimento é que aproprio-me das técnicas do Teatro do Oprimido para desenvolver o teatro para atores e não atores. Por ser uma metodologia fácil de ser ensinada e de ser aprendida, pode ser praticada em quase todos os espaços, sem exigências técnicas sofisticadas, mas com uma enorme atenção a essência do ser humano, e seu caráter transformador.

“As possibilidades de agir Segundo Vygotsky,

com liberdade, que surgem na consciência do homem, estão intimamente ligadas à imaginação (...)

Uma penetração mais profunda da realidade exige que a consciência atinja um relacionamento mais livre com os elementos dessa realidade, que a consciência se solte do aspecto externo e aparente da realidade que é dado diretamente à percepção. O resultado é que os processos por meio dos quais,a cognição da realidade é alcançada se tornam mais complexos e mais ricos.”

 Aqui vou propor jogos teatrais:

1ª Etapa: Desmecanização física e mental – A arte de nos vermos a nós mesmos, a arte de nos vermos vendo!

JOGOS 1ª ETAPA

1)      Jana Cabana:

      02 pessoas formam uma cabana, e uma pessoa ocupa a cabana.

01 participante grita para os demais: Cabana ( todas as pessoas que estão como personagens de cabana trocam de posições) , um outro participante grita: Pessoa ( somente as pessoas mudam de posições e as cabanas ficam no mesmo lugar), um outro participante grita: Tempestade ( e todos os participantes, tanto na posição de pessoas ou cabanas trocam de posições).

2)    Hipnotismo Colombiano:

Um ator põe a mão a poucos centímetros do rosto do outro, o mesmo como hipnotizado mantém sempre a mesma distancia da mão do hipnotizador. O hipnotizador deverá fazer movimentos que possibilitem a desmecanização do outro, depois trocam os personagens. Obs: os movimentos não deverão ser rápidos. Em seguida os dois personagens assumem os papéis de hipnotizadores. Podem formar grupos de três pessoas, onde 01 hipnotiza dois e por fim todos hipnotizam todos.

3)1,2,3 de Brad Ford:

Em duplas, começam a contar alternadamente 1,2 e 3, formando uma seqüência rítmica . Quando a dupla assimila o processo da contagem começamos as substituições de cada número por um gesto e um som, sem desmanchar a seqüência lógica.

4)     Floresta de sons:

Em duplas. Um parceiro será o cego e o outro o guia. O guia emite  um som, próximo ao cego, com o objetivo de treinar o ouvido do cego que, de olhos fechados  deverá apenas identificar aquele som do guia. O guia deverá sair pela sala, emitindo o som, e o cego deverá segui-lo. Quando o som parar o cego deverá parar. Depois trocam-se os personagens.

5)      Completar a imagem:

Em duplas os atores representaram uma cena onde  estão de mãos dadas. Pergunta-se ao grupo: O que esta cena pode representar? Em seguida, vamos tirando um dos atores e completando a imagem a fim de dar um novo sentido a imagem projetada. Vamos mudando um ator por vez e  para finalizar o jogo, vamos deixando o ator em cena formando assim uma nova imagem a cada ator que entra.

6)      Duas revelações de Santa Tereza:

Em duplas os participantes deverão combinar:

a)      qual personagem cada um vai representar.

b)      A idade dos mesmos

c)      Onde será o encontro.

Através de improviso deverão começar um diálogo, que em determinado  momento um dos integrantes da dupla deverá falar uma revelação bombástica. Continua-se o diálogo e em seguida o outro fará a revelação. Depois de alguns minutos de improvisação, a dupla deverá encaminhar para o final da conversa.

7) Criando personagens com fantoches:

Com um fantoche em mãos, deverão criar uma história para o mesmo, observando sempre que ele é uma pessoa diferente de você, por essa razão deverá ter uma outra voz, uma outra idade, outro jeito de falar e outros costumes que deverão ser percebidos claramente no decorrer da improvisação. 

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Esta atriz é a Amanda, mais conhecida como Duda, ela é aluna da oficina de teatro, onde com o auxílio dos jogos, melhorou a dicção e está segura para subir aos palcos e falar com tranquilidade os textos que lhe são propostos, ações quase impossíveis antes do teatro.

Estas atrizes são Eduarda e Isabela, já fazem teatro a mais de 2 anos, e dizem amar o que fazem!

O Rafael e a Sirlei são alunos do Colégio 3 Fronteiras e alunos de Teatro do Projeto Plugado. Esses agentes culturais, são responsáveis por atividades culturais dentro do colégio e em suas comunidades.